Na produção do café cada etapa é importante e a qualidade começa muito antes da colheita. A escolha da região com clima agradável ao café é a primeira escolha, depois vem a qualidade do solo, que acarreta em grãos mais saudáveis com nutrientes que interferem diretamente na qualidade da bebida.
Depois vem a escolha do tipo e da variedade de café a ser plantada, cabendo escolher qual tipo de café é geneticamente mais produtivo, mais resistente a pragas ou que resulta em uma bebida mais agradável. A escolha da área na propriedade onde os cafés serão plantados também é importante, pois a incidência de sol, acesso à água e acesso de maquinários também são fatores que determinam as escolhas antes da xícara.
A colheita também pode trazer mais qualidade. A colheita feita grão a grão (ou em inglês picking) já produz bebidas naturalmente mais doces pois são colhidos apenas os grãos maduros, isso acontece por exemplo com o café Buti Especial.
Lavar os frutos depois que são colhidos é fundamental, pois diminui a chance de fermentações indesejáveis. O controle da secagem através do monitoramento da temperatura e a umidade do grão são importantes para resultar em ótimos cafés. Todos os cafés Buti são lavados.
O café Buti Especial, ainda que a colheita seja feita à mão, passa por uma máquina que separa os cafés maduros, os cafés imaturos e os cafés secos. Cada tipo de grão resulta em uma bebida diferente, mesmo que imaturos ou secos, podem produzir bebidas muito saborosas e aromáticas. O café Buti Especial é composto apenas por frutos maduros.
Depois de lavado e separado, o Café Buti Especial é seco em cama africana (terreiro suspenso coberto), o que resulta em um produto mais homogêneo e com notas sensoriais inerentes apenas ao grão, eliminando notas sensoriais indesejaveis.
Na Fazenda Buti todos os cafés são secos com casca, o que atribui ao café um corpo mais intenso.
Um pós colheita bem feito tem como consequência cafés de qualidade.
Autora: Rafaella N Rossi – Barista, QGrader e autora do blog Aventuras da Barista